quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Programação da 3 ReACT (Brasília 2011)

III Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia

Programação

29 de setembro de 2011 (quinta-feira)

09:00hs – Inscrições dos participantes

09:30hs – Sessão de abertura

10:00hs às 12:00hs – Conferência de Abertura – Localizando novos saberes sobre o saber. Ivan da Costa Marques – HCTE- UFRJ

14:30hs às 18:00hs – Mesa redonda 1: Práticas de conhecimento e os conhecimentos na prática.

Renzo Taddei (UFRJ), Mauro Almeida (Unicamp), Ana Gomes (UFMG). Debatedor: Henyo Trindade Barreto Filho (IIEB). Coordenador: Stelio Marras (USP).

18:30hs às 21:00hs – Mesa redonda 2: Tecnociências e as novas políticas da vida.

Com Adriana Stagnaro (UBA), Paula Sandrine (UFRGS), Fabíola Rohden (UFRGS), Daniela Manica (UFRJ). Debatedor: Naara Luna (UFRRJ). Coordenador: Sayonara Leal (UnB).

30 de setembro de 2011 (sexta-feira)

09:30hs às 12:00hs – Mesa redonda 3: Corpo e técnica na teoria social

José Pinheiro Neves (Univ. do Minho), Pedro Ferreira (Unicamp), Carlos Sautchuk (UnB), Marko Monteiro (Unicamp). Debatedor: Eduardo Vargas (UFMG). Coordenador: Soraya Fleischer (UnB).

14:30hs às 18:00hs – Seminário temático 1- Tecnologias vitais e virtuais representações (debatedor Eduardo Vargas – UFMG)

Alejandra Aguilar Pinto. A confluência da tecnologia do ciberespaço no espaço etnográfico: inclusão ou exclusão das “alteridades”.

Ana Flávia Andrade de Figueiredo. O conceito de fronteira como objeto híbrido em redes virtuais de viajantes.

Marcos Castro Carvalho (UFRJ). Entre phantoms, oncomouses e fragmentos corporais: etnografando interfaces corpo-tecnologia na práxis laboratorial.

Aline Quiroga Neves. Tecnologia videográfica e pesquisa etnográfica: considerações teórico-metodológicas e ressonâncias do fantástico e das lentes.

Natália Almeida Bezerra. Antropologia dos números: representações concretas de doenças como Diabetes e Hipertensão entre os moradores da Ceilândia Sul, DF.

Rafael Antunes Almeida (UnB). As semividas: Anotações sobre um experimento em bioarte.

14:30hs às 18:00hs – Seminário temático 2- (Des)Naturalizações: Ordem, família, gênero e espécie. (debatedor Guilherme Sá – UNB)



Daniel Pereira Ramiro. Controvérsia científica no uso de animais de laboratório.

Natacha Simei Leal. “Aonde a vaca vai o boi vai atrás”: Notas etnográficas sobre uma central inseminação artificial de bovinos.

Ísis de Jesus Garcia. Quem possui a condição de seres-humanos?

Caetano Sordi. Contra a carne, a favor da carne: os discursos da ciência, da inovação e da sustentabilidade como tropos retóricos nos conflitos envolvendo a carne bovina no Brasil.

Marina Fisher Nucci. Cérebros masculinos” e “cérebros femininos”: análise das pesquisas biomédicas contemporâneas acerca do gênero e da sexualidade.

18:30hs às 21:00hs – Seminário temático 3- Diversidade humana e medicalização da vida (debatedor Marko Monteiro)



Gláucia Oliveira da Silva (UFF) & Ricardo Ventura Santos. Farmacogenômica, pureza e mistura: Um olhar a partir da antropologia da ciência.

Rodrigo Ciconet Dornelles (UFRGS). Entre cientistas e “bancadas”: etnografando a genética de populações humanas.

Rosana Castro (UnB). Segurança e eficácia de inibidores de apetite: notas de uma controvérsia sócio-técnica.

Graziele Ramos Schweig (UFRGS). Heterogeneidade e tensionamento: um olhar etnográfico sobre a construção do conhecimento em saúde.

Carlos José Saldanha Machado. O encontro entre dois mundos científicos na arena da saúde pública: o da virologia ambiental e o da antropologia da ciência.

Roberta Grudzinski (UFRGS). Considerações sobre a confecção de protocolos clínicos a partir dos usos e sentidos dados às terapias genéticas.



18:30hs às 21:00hs – Seminário temático 4- Saber-fazer: técnica e produção (debatedor Carlos Sautchuk)



Patrícia Campos Luce. “Eu Sou Angoleiro”: um laboratório da percepção.

Júlia Dias Escobar Brussi (UnB). Brincando de fazer renda.

Simone Miranda Soares (UnB). Remendar e Trocar: Sobre a técnica das coisas em Raposa-MA.

Eduardo S. Nunes (UnB). Parentesco indígena como técnica.

ARTHUR ARRUDA LEAL FERREIRA (UFRJ). O SEGREDO COMO MODO DE PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE: SEGUINDO AS PRODUÇÕES DE UM DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA.

Neuza Cristina Gomes da Costa. Musculação: construção do corpo simbólico de macho.

01 de outubro de 2011 (sábado)

09:30hs às 12:00hs – Mesa redonda 4: In(ter)venções em Mundos (Com)Partilhados: Ciência nos coletivos humanos e animais.

Cimea Bevilaqua (UFPR), Eliane Sebeika Rapchan (UEM), Felipe Sussekind (UFRJ). Debatedor: Guilherme Sá (UnB). Coordenador: Francisco Dionisio Mendes (UnB).

14:30hs às 18:00hs – Seminário temático 5- Por uma teoria cultural da ciência (debatedor Pedro Ferreira – Unicamp)



Mariana Vilas Bôas Mendes & Natália Cristina Ribeiro Alves. As relações sociotécnicas na teoria social: entre o marxismo e a antropologia simétrica.

Orlando Calheiros (UFRJ). Re-antropologizando o pensamento: uma antropologia da ciência por exemplo.

Gustavo Gomes Onto. Transbordamentos da regulação: visualizando mercados na política antitruste.

Suzane de Alencar Vieira (UFRJ). Devir catastrófico da tecnociência nuclear.

Christina de Rezende Rubim. A CONSTRUÇÃO DA ANTROPOLOGIA COMO CIÊNCIA NA ESPANHA; nações, histórias e memórias.

Hugo Loss (UnB). O mistério da Selic.

14:30hs às 18:00hs – Seminário temático 6- As ciências e seus ambientes (debatedor Stelio Marras – USP)



Roberto Donato da Silva Junior/Leila da Costa Ferreia. As propostas de sustentabilidade em ecologia – uma análise socioantropológica sobre a relação entre especialização científica e fenômenos híbridos.

Diego Soares (UnB). Pesquisadores Indígenas, Práticas de Conhecimento e Ontologias no Alto Rio Negro: diferentes formas de conceber o diálogo entre saberes científicos e indígenas no campo do socioambientalismo.

Luís Guilherme Resende de Assis (UnB). Gelo Seco: a colonização científica brasileira da Antártida

Cleyton Henrique Gerhardt. “Eu seria péssima pra estar na tua banca!”: Observando observadores em confronto no debate perito sobre áreas protegidas e populações locais: implicações metodológicas e inconvenientes éticos.

Milena Estorniolo (USP). Pontos de vista indígenas sobre as ciências e as técnicas. O caso da piscicultura na Escola Indígena Baniwa e Coripaco Pamáali (médio rio Içana – AM).

18:30hs às 21:00hs – Conferência de encerramento: Timothy Ingold (University of Aberdeen)

Título: Science and silence

In this lecture I draw a parallel between the history of science and the history of reading, from medieval to modern times. On the side of the book, medieval practices of reading, which entailed a conversation with the ‘voices of the pages’ that were activated in reading aloud, were replaced – in the wake of the Reformation – by silent reading, the purpose of which was to extract the literal meaning of a given text. This was facilitated by the introduction of spaces between words, which broke up the letterline into segments and led to a view of the text as an assembly rather than a woven fabric. An equivalent transformation occurred in the rise of early modern science, when figures such as Bacon and Galileo argued that the works of the Creator should be studied for what they are: not (in the medieval manner) as interwoven stories, but as discrete classifiable objects laid out in what was called the ‘book of nature’ – a book readable by anyone with the necessary keys to decipher it. From then on, beings of the more-than-human world no longer spoke to people, nor did people listen to what they had to say. Nature was silenced, along with the silencing of the book. This silencing of nature persists to this day, and I argue that it has had fateful consequences for our capacity to live sustainable lives.